Cada vez mais as pessoas estão se preocupando com a saúde e bem-estar e com isso as indústrias, fornecedores, profissionais da arquitetura, design e urbanismo estão estudando, desenvolvendo produtos que podem melhorar e muito as construções. Um novo caminho para se evitar a Síndrome dos Edifícios Doentes (A síndrome do edifício doente (SED) foi reconhecida pela Organização Mundial da Saúde (OMS) em 1982, após a comprovação de que a morte de 34 pessoas e a constatação de que 182 casos de contágio com a bactéria denominada Legionella pneumophila foram ocasionados pela contaminação do ar interno de um hotel na Filadélfia..)
E para isso é importante que todos nós tenhamos acesso às informações sobre produtos utilizados nas construções, nos designs como, por exemplo, revestimentos, metais, na manutenção dos ambientes.
Bora começar a se informar sobre os produtos, onde são encontrados e danos possíveis a saúde.
Vou dividir em grupos:
GRUPO I – METAIS PESADOS
Vocês já devem ter ouvido falar em cromo, mercúrio, cadmio, manganês. (Elementos da Tabela periódica). São importantes, mas necessitam de uso consciente, fiscalização dos órgãos responsáveis.
Ligas metálicas ferrosas (aço inox) e não ferrosas e estruturas de construção civil; Cromações (galvanoplastias); Fabricação de produtos utilizados em curtumes (pigmentos);
O cromo é utilizado fabricação de torneira, metais sanitários, cozinhas, áreas, acabamentos de mobiliários.
É um metal que é acumulativo, ou seja, ele não é eliminado em nosso organismo, podendo provocar artroses, artrite, Parkinson e Alzheimer. Sabe aquelas torneiras que compramos cromadas? Elas vão perdendo o cromo durante uso e este vai sendo absorvido pela palma das mãos. A exposição ao cromo hexavalente (CrO3) no ambiente de trabalho pode irritar a pele, os pulmões e o trato gastrintestinal e causar perfuração no septo nasal e carcinoma pulmonar.
Não consuma vegetais, frutas e verduras produzidos nas áreas de risco, evitando que seus pets (animais de estimação) e outros animais também realizem o consumo destes alimentos e da água de poço. Não realizar obras ou escavações nas áreas de risco de contaminação do solo
Preste atenção em torneiras de banheiros públicos, algumas residências, principalmente, as mais antigas, bares e vários outros lugares e nos produtos cromados que você tem em sua casa. Assim que possível, substitua-os por outros materiais como metais nobres como aço inox, por plásticos, por latão, por pintura eletrostáticas. Há soluções para todos os gostos e bolsos!
O mercúrio é altamente tóxico pro organismo e meio ambiente. Está presente nos garimpos para separação dos metais preciosos contaminando nossas águas. Também está presente em lâmpadas fluorescentes, termômetros, barômetros, baterias, amálgamas dentários, laboratórios médicos e hospitalares, indústria, mineração.
O mercado oferece as lâmpadas de Led que além de serem mais econômicas, não oferecem este risco à sua saúde. Também há os termômetros digitais.
A intoxicação crônica por mercúrio não é algo distante da nossa realidade. Estamos expostos principalmente a partir dos consumos de peixes e frutos-do-mar, e, para quem tem aquelas antigas obturações dentárias, as amalgamas, também tem uma fonte de intoxicação de mercúrio permanente.
Nos seres humanos, o contato com mercúrio pode causar desde sintomas leves como coceira e vermelhidão na pele e nos olhos, até interferências graves no metabolismo celular, em caso de exposição prolongada.
Lembrando que estes materiais precisam ter o descarte correto no meio ambiente.
O arsênico Além de ser empregado como veneno, os compostos de arsênio começaram a ser utilizados na agricultura como ingredientes em inseticidas, venenos de ratos, herbicidas e conservantes de madeira, além de pigmentos em tintas, papel de parede e cerâmica. É muito utilizado no tratamento de madeiras.
O arsênico atravessa a placenta e é teratogênico (agente teratogênico é qualquer substância, organismo, agente físico ou estado de deficiência, que estando presente durante a vida embrionária ou fetal, produz alteração na estrutura ou função do feto.) em animais e humanos, acumulando-se no feto.
A forma gasosa do arsênico é incolor, praticamente inodora e extremamente tóxica. Ocorre naturalmente na água, solo e rochas, e também está presente em alguns pesticidas. Se ingerido ou absorvido se liga reversivelmente a grupos sulfidrila encontrados em muitos tecidos e sistemas enzimáticos.
Em contato direto com a pele pode provocar feridas que não cicatrizam, danos a órgãos vitais e levar a morte.
O chumbo seu principal uso é na fabricação de baterias automotivas, mas também é empregado em tintas, cosméticos, blindagem de radiação. Também utilizado na fabricação de espelhos; por isso, é necessário se informar sobre o fabricante.
Em quase todos os alimentos, principalmente enlatados; plantas, como alface e agrião; animais, através da contaminação do solo e da água; e até bebidas alcoólicas já foram detectadas partículas de chumbo. O chumbo é um metal tóxico que pode estar presente na produção de plásticos, baterias, cabos elétricos, tintas, canos e muitas outras coisas fabricadas pela indústria.
Os principais efeitos do chumbo são no sistema nervoso (encefalopatia crônica, alterações cognitivas e de humor, neuropatia periférica) e nos rins (nefropatia com gota, insuficiência renal crônica e síndrome de Fanconi). Em casos mais graves, os danos cerebrais e renais podem levar à morte. Entre outras doenças causadas pelo chumbo estão: anorexia, gastrite, cefaleias agudas e distúrbios mentais gerais. Além disso, a alta exposição a esse metal pode afetar o metabolismo do osso no período da menopausa na mulher, contribuindo para o desenvolvimento da osteoporose.
FONTE:
https://www.chemicalrisk.com.br/toxicologia
https://www.medicinanet.com.br/
https://siat.ufba.br/agentes-teratog%C3%AAnicos
https://cevs.rs.gov.br/chumbo –
https://www.fsp.usp.br/prevencao-da-contaminacao-por-chumbo/
HBC – Healty Buiding Certificate